quarta-feira, 25 de julho de 2012

A importância da prevenção contra choques elétricos e curtos-circuitos

      Levantamento anual da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) revela que, em 2011, 298 pessoas morreram vítimas de choque elétrico em residências e 265 incêndios foram causados por curtos circuitos. Este quadro poderia ter sido evitado com a instalação adequada de um sistema de aterramento e do dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual (DR). "O cuidado com a instalação elétrica é uma causa de utilidade pública, é preciso haver uma mobilização por parte dos órgãos governamentais exigindo que se faça cumprir leis que obriguem a inspeções elétricas prediais ao menos a cada cinco anos", afirma o diretor executivo da Abracopel, Edson Martinho.
      Para o diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) e idealizador do Programa Casa Segura, Antônio Maschietto, "a ascensão financeira da classe média e da classe C tem elevado o número de eletrodomésticos presentes em casa e esse aumento não é proporcional ao redimensionamento da rede elétrica. Por isso, políticas de conscientização e informação são cada vez mais urgentes e necessárias", destaca. O Programa Casa Segura busca conscientizar e orientar sobre os riscos de acidentes causados por instalações elétricas inadequadas e o impacto destas no consumo excessivo de energia, na desvalorização das edificações e na segurança dos imóveis.
      Levantamento realizado pelo programa, em 2010, sobre a situação das instalações elétricas em diversos Estados do País, mostrou que 90% dos 500 edifícios visitados não tinham o DR (dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual) instalado e que 85% nunca realizaram nenhum tipo de readequação nas suas instalações ao longo dos anos. Os dados foram coletados em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba e Fortaleza. "Os principais problemas encontrados foram a falta de aterramento adequado e condutores elétricos subdimensionados para a real carga instalada, ou seja, apresentando alto risco de choques elétricos e incêndios", comenta Maschietto.
      Para evitar choques, o Programa Casa Segura recomenda sete passos para a manutenção das instalações elétricas:

1. Faça o aterramento nos circuitos elétricos;
2. Não utilize benjamins, tomadas em T ou outro tipo de extensões, de modo a evitar sobrecarga na rede e possível curto-circuito;
3. Não utilize instalações elétricas provisórias ou precárias ('gambiarras');
4. Além dos disjuntores, que protegem o circuito contra sobrecarga e curto-circuito, instale também o DR (dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual) nos circuitos elétricos, especialmente em áreas molhadas como banheiros, cozinhas e lavanderias;
5. Obedeça às normas da ABNT, NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
6. Realize periodicamente manutenção preventiva nas instalações elétricas, pois estas possuem vida útil limitada;
7. Procure um profissional habilitado e atualizado para reparar as instalações.
      Para saber se a sua casa precisa de reparos elétricos, fique atento aos seguintes sinais: tomadas e interruptores que esquentam, quedas frequentes do disjuntor, geladeira que para de funcionar por alguns instantes, fios e cabos derretidos, mau-cheiro e fumaça.


Programa Casa Segura
      Iniciativa de entidades comprometidas com a valorização da vida, a defesa do seu patrimônio e a  segurança de sua família, o Programa Casa Segura é um projeto de conscientização e orientação sobre os riscos de acidentes causados por instalações elétricas inadequadas e o impacto destas instalações no consumo excessivo de energia, na desvalorização das edificações e na segurança dos imóveis.  O programa também está presente na Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru.


                                           Artigo da revista O Setor Elétrico, edição76 maio de 2012.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Filtros, Respiradores ou Mascaras?

Em várias ocasiões nos deparamos com estes três termos para o mesmo equipamento, em virtude de certos respiradores descartáveis serem similares em aparência a muitas máscaras, suas diferenças não são sempre bem compreendidas. Entretanto, respiradores e máscaras são muito diferentes na finalidade de uso, vedação facial, tempo de uso, testes de desempenho e aprovações.

Filtros mecânicos é a denominação adotada para filtros com a habilidade de reter partículas em suspensão na atmosfera. Este termo técnico utilizado em proteção respiratória possibilita interpretações incorretas sobre o tipo de contaminantes que podem ser retidos por estes meios filtrantes. Algumas pessoas entendem que por ser mecânico estes filtros não podem ser utilizados para uso em respiradores destinados a proteção do trabalhador contra substâncias químicas. Esta idéia é incorreta. As substâncias químicas podem estar presentes no ar em duas formas diferentes: como partículas aerodispersas ou moléculas misturadas à massa gasosa. Os filtros mecânicos são recomendados para proteção contra as primeiras, que podem ser poeiras, fumos, névoas ou neblinas.

Respiradores são projetados para ajudar a reduzir a exposição respiratória do usuário a contaminantes dispersos no ar, tais como partículas, gases ou vapores. Respiradores para particulados, denominados peças faciais filtrantes (PFF), podem ser utilizados para reduzir a exposição a partículas que são suficientemente pequenas para serem inaladas, partículas menores que 100 micrometros (µm) de tamanho. Isto inclui partículas aerodispersas que podem conter material biológico, como fungos, Bacillus anthracis, Mycobacterium tuberculosis, o vírus causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG/SARS), etc.

Existem basicamente dois tipos de respiradores: sem manutenção (chamados de  descartáveis), que possuem uma vida útil relativamente curta e recebem a sigla PFF (Peça Facial Filtrante), e os de baixa manutenção que possuem filtros especiais para reposição, normalmente mais duráveis. É importante notar que, se utilizados de forma inadequada, os respiradores tornam-se desconfortáveis e podem transformar-se numa verdadeira fonte de contaminação.

PFF1- proteção contra pós e névoas com limite de tolerância maior que 0,05 mg/m3 ou 2 milhões de partículas por pé cúbico.

PFF2- proteção contra pós, fumos e névoas com limite de tolerância maior que 0,05 mg/m3 ou 2 milhões de partículas por pé cúbico.

Máscaras são permanentes e com longa vida útil, desde que as recomendações para higienização e conservação sejam seguidos. A máscara é produzida com corpo de silicone, os melhores fabricantes oferecem em três diferentes tamanhos (pequeno médio e grande). A máscara oferece a possibilidade de utilização com dois conjuntos filtrantes químicos( dependendo de sua utilização). O ajuste da peça à face do usuário é feito através de um tirante elástico contendo um suporte para nuca, e preso à peça através de duas alças localizadas nas laterais do suporte frontal que é fixado no corpo da máscara. O FPA (Fator de proteção atribuído) desta máscara é 10, ou seja, pode ser utilizado em ambientes cujo contaminante não exceda 10 vezes o seu limite de tolerância.



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