quarta-feira, 13 de abril de 2011

Lâmpadas Incandescentes deverão sair do mercado até 2016


Portaria interministerial determina que até 2016 as lâmpadas incandescentes deverão ser retiradas do mercado brasileiro

            A exemplo da União Européia, uma portaria expedida em conjunto pelos ministérios de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio determinou que as lâmpadas incandescentes com potência superior a 40 Watts (W) deverão, até 2016, serem substituídas pelas lâmpadas fluorescentes. Tal determinação influi apenas nas lâmpadas incandescentes de uso comum, excluindo as incandescentes de uso específico para estufas, equipamentos hospitalares, refletoras/defletoras ou espelhadas, além das lâmpadas com potência igual ou inferior a 40W.
   
          Segundo o Ministério de Minas e Energia, as novas tecnologias na área de iluminação se desenvolvem rapidamente e já disponibilizam equipamentos com mais eficiência e durabilidade, deixando as lâmpadas incandescentes ultrapassadas. Aliada a outras medidas, a expectativa é que a economia gerada, escalonada até 2030 será de aproximadamente 10 terawatts-hora (TWh/ano).
             O Brasil consome hoje, cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes ao ano e ela é responsável pela iluminação de 80% das residências do país, daí a grande economia que gerará a sua troca pelas lâmpadas fluorescentes compactas.
             Segundo Airton Jitkoski, gerente de vendas da Reymaster Materiais Elétricos, a conversão de potência de uma lâmpada incandescente para uma fluorescente compacta é de cerca de 30%, ou seja, uma incandescente de 100W pode ser substituída por uma fluorescente de 30W mantendo qualidade de iluminação semelhante.
             Quanto a custo, Airton destaca que o investimento é recuperado a médio prazo: “é sabido que a lâmpada fluorescente compacta é mais cara, porém a economia que ela vai gerar na conta de energia elétrica ao fim de cada mês paga o investimento inicial.” Por um outro lado há a questão ambiental, já que as fluorescentes contém substâncias tóxicas e, portanto, precisam ser 100% recicladas para não comprometer o meio ambiente.
             Na Reymaster a procura por lâmpadas incandescentes já é bem menor que pelas fluorescentes, o que leva à empresa reduzir progressivamente os estoques desse produto. “Aos poucos é o que todas as empresas precisarão fazer, desde os distribuidores de materiais elétricos, como a Reymaster, até os supermercados, que são os que mais comercializam as lâmpadas incandescentes hoje”, destaca Jitkoski.
             A questão é polêmica em todos os ângulos: econômico, ambiental, político, etc., mas a determinação foi aprovada e já está em vigor. A lâmpada convencional, inventada por Thomas Edison, há mais de 130 anos atrás será aposentada, mas cabe aos consumidores auxiliar na fiscalização para que as fluorescentes tenham, após o seu uso, o destino correto: a reciclagem.
  
Dhyenny Pógere
Analista de Marketing

Um comentário:

Anônimo disse...

Reymaster parabens continue assim.