sexta-feira, 6 de maio de 2011

INDÚSTRIAS AVANÇAM PARA O DESENVOLVIMENTO DE OLEDS

Apesar de pertencerem a uma tecnologia recente e ainda em fase de concepção, os Oleds, conhecidos também como LEDs orgânicos, já estão na mira de algumas das principais indústrias do setor de iluminação, que estão dando o pontapé inicial para alavancar este mercado.
Neste sentido, a Osram começou a investir na linha de produção-piloto em uma nova planta fabril, na Alemanha. O principal foco dessa unidade é o desenvolvimento contínuo de processos com a finalidade de atingir a produção em grande escala. “Queremos desenvolver todo o aparato necessário para que tenhamos condições de abastecer o mercado global de Oled conforme se amplie a demanda por essa tecnologia”, declara Marcos de Oliveira Santos, engenheiro eletricista que atua na empresa há 21 anos.
Localizada na cidade de Regensburg, a fábrica já iniciou a produção de oleds e atende a pedidos de projetos especiais. “Como estamos no começo do desenvolvimento de Oleds, teremos apenas módulos, que poderão ser utilizados em luminárias, por exemplo, ou outras formas de aplicação”, conta o engenheiro.
Outra empresa que está se mostrando interessada beste mercado é a Philips, ao dar início às operações em seu novo centro de pesquisas exclusivos para Oleds, em novembro de 2010. Com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e em parceria com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias inovadoras (Certi), o laboratório e uma linha de pré-produção dos sistemas de iluminação foram instalados em Florianópolis (SC), na sede do Certi, na Universidade Federal de Santa Catarina.
O investimento faz parte do projeto da multinacional holandesa denominada Emerging Marketing Oled (EMO), que pretende desenvolver em países emergentes, como o Brasil, novas gerações de Oleds e luminárias que utilizem a fonte de luz.
Este é o segundo centro de competência do mundo para essa tecnologia da companhia, que nos últimos cinco anos já investiu 300 milhões de euros em desenvolvimento. O projeto tem o investimento previsto de 10 milhões de dólares, na primeira fase.
“A implantação segue conforme os planos originais. Já estamos no quarto mês do projeto com resultados dentro do esperado”, declara o diretor de inovação da Philips do Brasil, Walter Duran. Ele esclarece que pesquisadores da Universidade e técnicos contratados atuam no projeto sob supervisão do Certi.
O centro de pesquisa trabalhará principalmente no desenvolvimento de técnicas de nanotecnologia, para aumentar a eficiência na produção do Oled. O foco estará em microssoldas e desenvolvimento de drivers interligados à lâmpada. Serão também desenvolvidos diversos protótipos de produtos finais ou luminárias, visando produtos para os mercados emergentes.
A partir do aprimoramento desta tecnologia, Marcos Santos, a Osram, revela que a expectativa é obter uma nova solução em termos de iluminação, capaz de possibilitar aos profissionais do mercado pensar em projetos que tenham uma fonte de luz totalmente flexível. “Teremos todos os benefícios dos LEDs tradicionais, aliados à flexibilidade de formas e à grande variedade de aplicações”, sustenta.
Os Oleds deverão ser usados em grande parte de aplicações que necessitem de iluminação difusa de amplas superfícies. Escritórios e hotéis são as primeiras abordagens de mercado, seguidos de iluminação doméstica. No entanto, o diretor da Philips acredita que a tecnologia Oled para iluminação ainda não esteja madura o suficiente para resultar em produtos de larga escala. Para ele, esta questão deve estar bem equacionada dentro de aproximadamente três anos.
“Os Oleds ainda não atingiram a mesma eficiência dos LEDs, mas, como estamos falando basicamente de um mesmo princípio, a evolução deverá ser rápida nos próximos anos”, estima.
A eficiência de ambos os produtos é similar. Entretanto, os Oleds ganham vantagem quando se trata de aplicações que demandem grande cobertura de área. É importante lembra que, mesmo diante de diversos benefícios, ainda há desafios técnicos importantes para a consolidação dos Oleds, uma vez que os materiais orgânicos são mais sensíveis que os materiais tradicionais.
Por Larissa Luizari e Luciana Freitas
Artigo publicado na Revista Lumière Electric, ed. 155, março de 2011.

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom !

Anônimo disse...

Legal essa iniciativa da Reymaster precisamos mesmo de um ponto de apoio para este tipo de informação.
E ter uma empresa do ramo é ótimo pois estão antenados no que acontece nesta area.

Anônimo disse...

Olha legal mesmo continuem postando mais artigos.

Reynaldo disse...

Bom artigo